Com união e estratégia, Maria do Rosário prepara ofensiva para o segundo turno em Porto Alegre
Alexandre Cruz, jornalista político Análise Política Hoje
No final da tarde de domingo, a tensão já começava a tomar conta do comitê de Maria do Rosário, enquanto eu chegava para acompanhar a apuração. O Análise Política Hoje ficou no andar térreo, junto à imprensa, enquanto o segundo andar, onde estavam as lideranças e a equipe da campanha, permanecia inacessível. O ambiente no comitê, embora calmo à primeira vista, carregava um nervosismo palpável. As conversas eram baixas e esparsas, enquanto a apuração avançava. O silêncio que beirava o segundo andar só tornava o clima mais tenso, e os poucos assessores que subiam e desciam as escadas carregavam em seus rostos a responsabilidade de informar cada detalhe.
As informações sobre os votos já apurados chegavam até mim diretamente de Julian Lisboa, do Brasil Progressista, garantindo uma cobertura constante e precisa para o Análise Política Hoje. Cada número revelado trazia consigo uma nova camada de expectativa, enquanto eu analisava os resultados em tempo real. Quando ficou confirmado que haveria um segundo turno, o comitê irrompeu em alegria. Assessores se abraçavam, tomados por uma emoção genuína – o primeiro obstáculo havia sido superado. Para muitos, esse momento representava a chance de Porto Alegre finalmente presenciar um debate mais profundo e transparente sobre o futuro que a cidade almeja.
Lideranças históricas, como Raul Pont, Fortunatti e Tarso Genro, estavam presentes, oferecendo não apenas suas palavras, mas também a confiança acumulada por décadas de experiência. Do alto de sua sabedoria política, eles formaram uma espécie de cerco protetor em torno da candidata, discutindo em voz baixa e planejando os próximos passos. Era evidente que uma estratégia estava sendo montada, primeiro para nós, da imprensa, e depois para o povo, que aguardava do lado de fora, com bandeiras agitadas ao som dos gritos de ordem: "Fora Melo!".
Do lado de fora, em cima de um caminhão, a vibração da militância era palpável. Análise Política Hoje registrou em fotos e palavras a força e o engajamento daqueles que acreditavam numa mudança para capital gaúcha. O companheirismo entre Maria do Rosário e figuras importantes da campanha, especialmente seu marido Eliezer Pacheco, destaca a forte base de apoio emocional que sustenta sua candidatura. Esse envolvimento familiar e político pode se provar decisivo no segundo turno.
Edegar Pretto, ex-candidato ao governo do Estado, fez um discurso inflamado, reforçando que a candidatura de Maria do Rosário representa uma nova Porto Alegre, em contraposição ao grupo político que acreditava já ter garantido a vitória no primeiro turno. Pretto foi enfático ao dizer que aqueles que "abandonaram Porto Alegre", referindo-se diretamente a Sebastião Melo, agora verão a cidade se mover para deixar o atual prefeito para trás.
José Fortunatti, ao tomar a palavra, reconheceu que o fato de Melo ter saído à frente no primeiro turno havia deixado muitos "mordidos". Contudo, ele foi enfático ao lembrar que o segundo turno representa um novo começo. Com firmeza, Fortunatti destacou que a candidatura de Maria do Rosário trazia consigo uma enorme determinação, energia e um compromisso genuíno em transformar Porto Alegre. Para a militância presente, ele deixou uma mensagem clara: a vitória viria da força e do engajamento de cada um deles, e ele não tinha dúvidas de que essa força seria mais que suficiente para enfrentar as pressões da máquina pública e empresarial.
Crédito da foto: Alexandre Cruz, Análise Política HojeEntre os discursos mais marcantes, Tarso Genro chamou a atenção para o primeiro movimento político de Rosário após a confirmação para o segundo turno: um diálogo direto com Juliana Brizola, candidata pelo PDT, em reconhecimento à campanha brilhante que ela havia feito. Tarso fez questão de frisar que o “sadio brizolismo” estaria ao lado do PT, juntos, para derrotar a candidatura de Sebastião Melo, a quem ele classificou como "bolsonarista, extremista e neoliberal". O momento foi seguido por um coro enérgico da militância, gritando “Fora Melo! Fora Melo!”.
Tarso também não poupou críticas ao atual prefeito ao relembrar a calamidade climática que Porto Alegre enfrentou em maio de 2024. Ele denunciou a tentativa de “absolvição dos culpados” através de uma campanha midiática que evitava apontar responsáveis. Segundo ele, todos sabiam quem eram os verdadeiros culpados pela má gestão durante a crise, um comentário que inflamou ainda mais os ânimos da militância.
Raul Pont, ex-prefeito de Porto Alegre, também fez um discurso forte, desenhou com precisão a estratégia para o segundo turno, focar na desconstrução das falhas da atual gestão, como a privatização da Carris e o escândalo da SMED. lembrando com orgulho dos tempos em que a Carris era um motivo de honra para a cidade. Ele destacou a falta de justificativa para a privatização de uma empresa premiada e eficiente, criticando duramente a decisão da gestão atual.
Maria do Rosário, que já estava no palco ao lado de diversas lideranças, pegou o microfone. Ao seu redor estavam Jonas Reis, vereador reeleito, Tamyres Filgueira, sua vice, além de figuras como a deputada federal Reginete Bispo, a presidente do PT de Porto Alegre, Laura Sito, Alexandre Bublitz, vereador eleito, Juliana Souza, também eleita, e José Oliboni, vereador reeleito. Com Tamyres tendo abordado a corrupção na gestão de Sebastião Melo em seu discurso anterior, o momento estava preparado para a fala decisiva de Rosário.
Com emoção, Maria do Rosário reforçou que o povo de Porto Alegre deseja e pode fazer a mudança acontecer. Ela lembrou que, apesar de terem menos espaço na rádio e na televisão, conseguiram fazer uma campanha bonita, uma campanha de ideias que olhou para as dificuldades reais enfrentadas pelos porto-alegrenses. "Nós percorremos todos os bairros, cada esquina, as escolas e as praças que fazem parte dessa cidade que amamos", afirmou. Ela destacou que o segundo turno representa uma “jornada de esperança” e convocou a militância a seguir firme rumo à vitória.
Com o segundo turno à vista, Porto Alegre se prepara para uma decisão que poderá redefinir o rumo da cidade, e a campanha da Rosário avança, firmando-se como um movimento de resistência e esperança. . A energia que circulava no comitê, a força das palavras e o apoio popular demonstram que esta é uma candidatura que, mesmo contra um grande adversário, continua avançando com garra e convicção.
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Alexandre Cruz
Análise Política Hoje
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